. How to make two lovers of...
. Um quase até já...porque ...
. I don't feel like singing...
Coisas engraçadas da vida. Passam-se dois anos a conhecer uma pessoa, cada um passou por relações, alegrias e tristezas, sucessos e fracassos, algumas coisas partilhadas e outras tantas desconhecidas. Até que, com um timing perfeito, surge um momento nas vidas de ambos em que nos encontramos livres e à espera do que a vida nos trará a seguir. Um qualquer magnetistmo aproxima-nos, leva a confidências e desabafos, a risos e piadas privadas, a uma cumplicidade única até então.E então vêm as saídas, os pretextos para estar juntos, um crescendo de algo que alguns já adivinhavam e não faziam por esconder. Incertezas dissipadas, avançamos para o que sentimos ser certo e que nos faz sentir bem. O que virá a seguir? Coisas boas, é o que me atrevo a adivinhar.
My life is an open book with a lot of pages in blank. If you're lucky, someday you might be able to write on them. And if I'm lucky, someday I may find my way to happiness.
É um misto de satisfação e tristeza. Cinco anos (quase seis) passados em qualquer sítio é muito tempo, mas há sítios em que o muito tempo parece não chegar, pelas "coisas" que por lá encontrámos. Encontrámos trabalhos e testes, aulas extra e "compensações" pelos feriados (a noção de feriado não é a mesma por lá), exames e mais exames, dias que ás vezes parecem não querer acabar e que se prolongam por bem mais que 24 horas. E encontrámos pessoas. Pessoas que nunca chegámos (e que provavelmente nunca iremos) a conhecer, pessoas a quem dizemos "olá" e "até amanhã", pessoas a quem dizemos pouco mais que isso, pessoas com quem nos damos bem, pessoas que afinal não eram bem aquilo que pareciam, e dentro destas há as boas e as más revelações. E depois encontrámos aquelas pessoas que fazem valer a pena ir para lá, até mesmo naqueles dias em que só nos apetece ficar fechados em casa. Pessoas que conhecemos no dia em que para lá entrámos e a quem nos apegámos logo, pessoas que conhecemos pelo meio e pessoas que, por incrível que pareça, só viemos a conhecer na recta final, mas que nem por isso são menos importantes. São as conversas, as brincadeiras, as parvalheiras, os ataques de riso, os jogos de sueca, as tardes de estudo (até mesmo ao fim-de-semana), os lanches no bar, as discussões fingidas nas aulas (sim, porque a TI é melhor que a Casio), os desabafos, a má língua e as "críticas construtivas" sobre certos e determinados indivíduos, os jantares do grupo restrito, enfim, é tudo isso que faz parte do nosso dia-a-dia e torna sólido aquele bem tão raro a que chamamos amizade. A expressão "poucos mas bons" faz agora mais sentido que antes, porque muita gente passou nestes quase seis anos, mas foram aqueles que realmente importam que ficaram, mesmo que não tenham estado desde o início. E se os caprichos da vida o permitirem, daqui a 5, 10, 20, 30 anos, qual sucessão que tende para infinito (não que eu perceba muito de sucessões e séries), continuarão aqui, onde estamos agora, porque são esses que queremos guardar enquanto estivermos neste nosso mundo (depois disso não sei o que vem). E vem então a satisfação de estar a terminar uma etapa da vida que nos tirou tantas horas (que juntas equivalem a muitos dias) de sono e quilogramas ao quadrado de tanta coisa (literalmente), misturada com tristeza por nos ter dado em troca algumas alegrias académicas e todos os momentos passados com aquelas pessoas que, de uma maneira ou de outra, passámos a guardar no coração como Amigos. E a esses direi sempre "até já", porque, se a vida assim o permitir, nunca chegaremos a dizer "adeus".
Simplesmente uma das melhores músicas de sempre e que tem um dos melhores clips de sempre...A arte da fotografia no seu melhor, para contar uma história.
Estranha é a sensação de liberdade, quando deixamos para trás algo que nos prendeu durante o que pareceu uma eternidade. Uma estranha sensação de coragem, pequena mas resoluta, quando decidimos dizer ao nosso coração que basta de tentar encontrar motivos para continuar agarrado a algo que não faz bem à saude nem à alma. Uma leveza estranha que nos faz sair airosamente de cabeça levantada, ainda que incertos do que o destino nos reserva a seguir. E ao mesmo tempo, uma tremenda noção do chão que pisamos com força, mostrando, pela primeira vez em muito tempo, uma convicção que substitui as acções descaracterizadas de antes. Ainda que o mais estranho seja termo-nos entregue de corpo e alma sem sequer abrir os olhos, a algo que, de olhos abertos, saberíamos recusar com prontidão. E a partir desse momento, reabre-se um mundo que conhecemos outrora e para o qual nos fechámos. Mas desta vez será diferente, porque assim o decidimos, porque somos nós que escolhemos chutar as pedras do caminho em vez de tropeçar nelas, porque a partir desse momento somos novamente donos da nossa vontade e feitores do nosso destino. A partir daí, sabemos que chegará o dia em que iremos olhar para trás e veremos areia onde antes existiram pedras, meros vestígios do que antes pareceu que nunca iria desaparecer. E sorrir, porque a vida ainda agora começou.
Do you know that feeling?...when everything seems to fall down on you, and the world is too heavy for you to stand it? It hits the air out of you...just one of those days, anyway.